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Paulo Roberto Machado

Jornalista, radialista profissional e escritor com pós graduação em Marketing pela PUC de Campinas, Paulo Roberto Machado tem cursos de especialização em Estratégia, Teologia e Filosofia. Este espaço é dedicado à negócios e à divulgação da Astronomia, Ciência, Filosofia, Sociologia, Misticismo e Tecnologia.

Paulo Roberto Machado é autor de dois livros: Um Sopro no coração – Editora Komedy – 1998 e Os Tambores de Guerra de Israel – Editora Lince – 2023. Os dois livros são de crônicas.

Cursou Estratégia na ADESG – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Foi um Ciclo de Estudos muito importante que descortinou a realidade de um Brasil que até então estava oculto por uma cortina de fatos e acontecimentos.

Seus pais, à direita da foto: Lina Machado e Helvídio Ferraz – Diretores, na época década de 1960, da Rádio Técnica de Atibaia. À esquerda, Luiz Rogato Sobrinho, do Grande Hotel Atibaia, o mais importante da cidade. Foto durante um jantar comemorativo.

Embora tenha nascido na cidade de São Caetano do Sul, no início dos anos 50, como a época era muito agitada para a sua família e seus pais estavam de mudança para São João da Boa Vista, foi registrado naquela cidade uns seis meses depois que nasceu. Oficialmente, é filho de São João. Naquele tempo, seu avô, José Machado de Oliveira, pai da sua mãe, dirigia o São João Jornal e comandava o destacamento da Força Pública na cidade como Major.

Seu primário: iniciou no Jorge Tibiriçá de Bragança Paulista e concluiu no Grupo Escolar José Alvim, em Atibaia – SP onde a professora Terezinha Kalil Padis foi sua grande amiga e incentivadora.

O primeiro emprego, no final dos anos 60, foi no Serviço de Som da Estação Rodoviária de Atibaia, anunciando a chegada e a partida dos ônibus e depois numa sapataria. Paulo é quem conta: “Meu pai me levou e me apresentou para o sapateiro, que era seu amigo dizendo que ele não precisaria me pagar nada, só ensinar a profissão”. E assim iniciou sua jornada que não durou muito porque o cheiro de cola e a poeira do couro na lixadeira o fizeram passar mal tendo que desistir. “Mas foi um bom começo. Aprendi muito com aquela equipe da sapataria”. desabafa com uma certa alegria. “Era um trabalho lento, tedioso até. Então pra quebrar a monotonia eu institui um campeonato pra ver quem é que fazia a maior quantidade de sapatos por dia”.

Em casa, a ordem era uma só: Tinha que trabalhar. Ou trabalhava na rádio com os seus pais ou então… tinha que fazer alguma coisa. Parado não podia ficar. Foi assim que ele partiu para o seu terceiro emprego, ainda como menor de idade, mas agora com carteira assinada, como cobrador de ônibus, na Viação Atibaia São Paulo.

A Rádio Técnica de Atibaia foi vendida pelo Grupo Bandeirantes para um político da região e logo a família se mudou para Guarulhos, região Metropolitana de São Paulo. Alguns anos e seus pais voltaram para Atibaia, mas Paulo continuou emm Guarulhos onde tinha conseguido um emprego na Rádio Boa Nova, nos finais de semana. Apresentava um programa de rádio com várias horas de duração, de músicas clássicas chamado “Músicas Para o Seu Devaneio”. A Emissora ficava no andar superior do prédio administrativo das Casas André Luiz.

Um dia, ao chegar para o trabalho, viui uma plaquinha pendurada na porta do Departamento Pessoal das Casas André Luiz: Precisa-se de funcionária. Não deu outra. Pegou a plaquinha e foi lá batalhar a vaga. Dona Dulce, que era a Diretora da Rádio e também das Casas André Luiz explicou que a vaga era para uma moça e Paulo logo retrucou dizendo que, se ele pudesse fazer o serviço, queria a vaga. Era para arquivista e datilógrafo. E tinha que fazer um teste. Como era uma quinta-feira, marcou o teste para a segunda seguinte às 10h da manhã. Naquele final de semana, venceu um grande desafio e aprendeu datilografia numa pequena máquina que sua tia Aparecida, irmã de sua mãe, lhe emprestou junto com um manual. Ele conta que praticamente não dormiu para treinar num instrumento que nunca tinha visto de perto. Na segunda feira fez o teste. Foi surpreendido com uma máquina de escrever grande, daquelas usadas para preencher folha de pagamento do pessoal. E sua avaliação seria a redação de um pedido de emprego justificando a sua contratação. “Da máquina você não entende muito mas sua redação é muito boa, está empregado, mas vai ter que praticar essa datilografia”. Foi a sentença do Diretor do Departamento de Pessoal das Casas André Luiz.

Algum tempo depois recebeu um convite para assumir a Direção Artística da Rádio Atibaia. Na verdade foi uma manobra da sua mãe que não queria que ele ficasse sozinho em Guarulhos. Paulo Roberto Machado conta essa parte da sua história com uma certa tristeza. Diz que escolheu mal e que não deveria ter deixado a Rádio Boa Nova nem as Casas André Luiz de Guarulhos.

Como Diretor Artístico da Rádio Técnica de Atibaia implantou uma série de modificações na emissora que não estava bem em termos de audiência conseguindo, ao cabo de um ano colocá-la em primeiro lugar na audiência da cidade. Pouco tempo se passou e foi para Bragança Paulista, cidade ao lado de Atibaia, como locutor/apresentador na Rádio Cultura de Bragança, emissora diocesana. Era o ano de 1973. Conheceu o prefeito José de Lima e foi seu Assessor de Imprensa e Presidente do Conselho de Turismo. Organizou o primeiro Carnaval Popular da cidade com baile popular no Ginásio de Esportes Dr. Lourenço Quilici e terminou por comprar duas horas da Rádio para continuar com o seu programa chamado Comunicação – um grande sucesso na cidade.

Como Assessor de Imprensa do Prefeito fez alguns estudos para implantar em Bragança Paulista, um jornal de qualidade. Esse jornal era impresso em São José dos Campos até que o grupo resolveu montar uma oficina própria. Foi para Campinas cursar a Faculdade de Jornalismo para poder assinar o jornal como responsável.

No começo era um bate volta que não tinha fim. Sofrido que dava dó. José de Lima, o prefeito o ajudou muito. Mas a faculdade de jornalismo era no Campus I, às margens da atual Rodovia D. Pedro I e o deslocamento simplesmente impossível. Assim, não demorou muito e teve que abandonar Bragança Paulista mudando residência para Campinas indo trabalhar na Rádio Cultura de Campinas como apresentador e produtor.

Bigelinha e Galo Cego – O caso Ana Ligia

Foi como repórter do programa policial da Rádio Cultura que acompanhou o bárbaro crime cometido na cidade de Pirassununga por dois bandidos – Bigelinha e Galo Cego – com requintes de crueldade, estupraram e mataram a Jovem Ana Lígia. O caso ganhou repercussão nacional e numa bela tarde Gamaliel, que cuidava da escuta na Rádio Globo de São Paulo ligou lhe pedindo um boletim para o Globo no Ar.

Gamaliel não sabia, não podia imaginar, mas fazer parte do Globo no Ar era seu sonho de criança. Fez vários boletins. Depois corria para o rádio e ficava ouvindo, extasiado, não se aguentava de tanta alegria. Gravava em fita cassete e ficava ouvindo em casa até de madrugada.

Um dia a Rádio Globo me contratou como correspondente e depois como repórter, indo trabalhar na capital do Estado.

Do jornalismo da Rádio Globo foi para a Equipe de Esportes do Osmar Santos, o Pai da Matéria. Trabalhou como repórter de campo ao lado de Fausto Silva, Henrique Guilherme, Roberto Carmona, Silvio Luiz, e outras feras do jornalismo esportivo.

EPTV Campinas – O primeiro apresentador

EPTV – Campinas – Foi o primeiro apresentador da EPTV Campinas – subsidiária da Rede Globo na cidade de Campinas.

Paulo era repórter esportivo da Rádio Globo, na equipe de Pai da Matéria – Osmar Santos. Um dia, Osmar se reuniu com Edson Scatamachia e começou a “acertar” o salário da rapaziada. Quando chegou a vez do Paulo Roberto, houve um impasse pois ele já estava no teto e não tinha como aumentar. Até que surgiu a ideia de mandá-lo para Campinas, como enviado especial, para cobrir Guarani e Ponte Preta. Foi uma maneira de melhorar o seu salário. Nesse ponto Paulinho Matiuzzi que era um dos pauteiros da Rádio Globo disse que a TV estava abrindo uma emissora em Campinas e ele poderia ver com seu irmão, Dante Matiuzzi para que aproveitasse o Paulo Roberto lá. Isso iria garantir, como garantiu, um ótimo salário.

Fotografia de reportagem do Jornal Correio Popular de Campinas

Conciliar TV Campinas e Rádio Globo se tornou tarefa impossível

No começo foi fácil e parecia que tudo iria correr bem. Mas o Departamento de Esportes da Rádio Globo estava em plena ascensão e Paulo Roberto começou a ser mais exigido. Saia da TV sempre na correria para poder acompanhar a equipe nas coberturas pelo Estado. Um dia, tomou a decisão mais difícil: deixar a Rádio e ficar apenas com a TV Campinas.

Paulo se esqueceu de um detalhe: O que mantinha o seu emprego na TV Campinas não era apenas o seu desempenho profissional e sim a mão forte de Dante Matiuzzi, um dos diretores da Rede Globo. Quando cortou o vínculo com a Rádio Globo, afastou-se do seu padrinho e não demorou muito para sair da TV também indo trabalhar na Rádio Educadora de Campinas e depois na TV Bandeirantes Campinas onde foi reporter e comentarista político e na TV Manchete, implantada pelo seu amigo Fausto Rocha, onde foi o Diretor de Jornalismo.

Comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo

Da Rádio Educadora Paulo Roberto Machado foi para a Rádio Central de Campinas, como Chefe de Jornalismo. “Guilherme Campos, o pai, era dono da emissora e me conquistou ao me oferecer o registro como Jornalista Profissional pois até então eu era registrado apenas como radialista”.

Foi como repórter que acompanhou a posse do Coronel Theseo Darcy Bueno de Toledo no comando do CPAI 2 – Comando de Policiamento de Área Interior 2 que respondia por toda a região de Campinas. Como crítico da segurança pública mostrou-se conhecedor da Polícia Militar onde seu avô José Machado de Oliveira foi Major e seu primo Caio Luiz de Sicco, Tenente Coronel.

Cel Theseo deixou Campinas e assumiu o Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Convidou Paulo Roberto Machado para prestar consultoria, na área da comunicação, atuando junto à P-5 como ponto de ligação direta entre os policiais,seu gabinete e os veículos de comunicação da capital paulista.

Chico Amaral – O Prefeito Ideal

Quando aluno da Faculdade de Jornalismo, na PUCC, Paulo foi ajudado pelo então Prefeito Chico Amaral que intercedeu junto à reitoria no sentido de tolerar alguns atrasos nos pagamentos de mensalidades. No final dos anos 90, Chico Amaral se lançou candidato a Prefeito de Campinas novamente e Paulo Roberto se apresentou no seu escritório de campanha: “Devo uma gentileza para o Chico e quero pagar! Vim trabalhar como voluntário na sua campanha”. O velho Chico gostou do seu jeito e passou a remunerar o seu trabalho.

Vitoriosa a campanha, Paulo Roberto Machado foi designado como responsável pelo Governo de Transição e nomeado Assessor de Imprensa do Prefeito. No ano 2000 fui nomeado Diretor do Sistema Municipal de Rádio e Televisão de Campinas. Montou a Rádio Educativa de Campinas. O primeiro estúdio foi improvisado, no Centro de Convivência para depois conseguir efetivar a emissora no bairro do Castelo.

Paulo montando a antena da Rádio Educativa

Em 2009, convidado, foi para São Paulo e assumiu a Gerência de Comunicação do CREA SP – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo. Ali desenvolveu várias habilidades. Implantou a TV CREA SP e o Cerimonial nos eventos do Conselho, unidades que não existiam. Passou a editar a Revista CREA SP e desenvolveu e implantou o portal www.creasp.org.br que atende aos profissionais e à sociedade até os dias de hoje. No mesmo Conselho foi Assessor do Presidente por vários anos até se aposentar.

Este post tem 2 comentários

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